sábado, 20 de outubro de 2012

Nascimento da Lua a partir da Terra ganha nova teoria

Nascimento da Lua Parece estar na ordem do dia oferecer novas teorias para a formação da Lua. Não poderia ser diferente. Conforme aumenta nosso conhecimento sobre os astros mais distantes do Universo, é um incômodo que não tenhamos boas ideias para o surgimento do corpo celeste que nos acompanha mais de perto. Parece haver um consenso de que a Lua é filha da Terra, porque a composição isotópica lá e cá são praticamente as mesmas.
Os cientistas concordam que a Lua é filha da Terra, mas o processo de retirada da "costela da Terra" ainda é uma incógnita.[Imagem: George Martell] Outro detalhe no qual os cientistas parecem concordar é que um corpo celeste chocou-se com a Terra para arrancar o material que formaria a Lua mais tarde. Há anos vigora a ideia de que o impacto teria sido com um hipotético planeta Teia (ou Theia). Há pouco mais de dois meses, um grupo de cientistas suíços fez simulações que mostram que o impacto com a Terra pode ter sido muito mais radical do que a hipótese original de Theia considerava Terra girando rápido Agora, outro grupo está tentando salvar a hipótese de Theia. Para isso, Matija Cuk (Instituto SETI) e Sarah Stewart (Universidade de Harvard) apoiam a ideia de que, antes da formação da Lua, a Terra girava muito mais rápido do que atualmente. Esta proposta é controversa, e já foi criticada por outros cientistas, uma vez que isso exige explicar por que a Terra girava mais rápido. De qualquer forma, o grupo propõe que, como a Terra girava mais rápido, o choque com Theia pode ter lançado para o espaço mais material da própria Terra, o que explicaria porque a Lua tem a mesma composição química da Terra, sem traços do hipotético planeta desgovernado. Diminuição da velocidade da Terra O choque também teria afetado a velocidade de rotação da Terra. Para que o modelo funcione, um dia da Terra antes do impacto não poderia durar mais do que duas ou três horas. Depois do impacto, a rotação da Terra teria sido diminuída pela interação gravitacional entre o Sol com a recém-nascida Lua - fruto de uma ressonância entre as órbitas da Terra e da Lua que transfere momento angular para o Sol. Os cientistas citam como reforço de sua teoria o fato de que, ainda hoje, as marés continuam a brecar lentamente a Terra, o que resulta em um afastamento contínuo da Lua, embora o momento angular do sistema não esteja sendo alterado. Parece que a temporada de ideias, hipóteses e simulações sobre a origem da Lua vai continuar aberta. Bibliografia: Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning Matija Cuk, Sarah T. Stewart Science Vol.: Published Online DOI: 10.1126/science.1225542

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