sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Descoberta galáxia mais distante já observada

A pequena galáxia MACS0647-JD é candidata a ser a mais distante já observada. Sua luz viajou 13,3 bilhões de anos até chegar à Terra
A galáxia MACS0647-JD é candidata a ser a mais distante já observada. Sua luz viajou 13,3 bilhões de anos até chegar aos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, da NASA (NASA, ESA, M. Postman e D. Coe (STScI) e CLASH Team) Astrônomos descobriram a galáxia mais distante já identificada no Universo. Sua luz viajou 13,3 bilhões anos até chegar à Terra, segundo a Nasa, a agência espacial americana. Identificada como MACS0647-JD, a decana das galáxias nasceu 420 milhões de anos depois do Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo, há 13,7 bilhões de anos. Esta descoberta só foi possível graças à combinação dos poderosos telescópios Spitzer e Hubble e ao fenômeno chamado de "lente gravitacional". Há quase um século, Einstein previu em sua teoria da relatividade que objetos de grande massa, como um conjunto de galáxias, teriam um campo gravitacional tão forte que conseguiriam desviar os raios de luz. Às vezes, esta deformação funciona como uma lupa gigante, ampliando a imagem percebida por um observador situado do outro lado. O vídeo abaixo mostra a localização da galáxia MACS0647-JD: A gravidade desse conjunto de galáxias conhecido como MACS J0647+7015 impulsionou a luz proveniente da galáxia distante, fazendo com que as imagens ficassem várias vezes mais brilhantes e mais fáceis de identificar. "Sem esse aumento, seria preciso um esforço hercúleo para observar essa galáxia", disse Marc Postman, da NASA. Pelo tamanho reduzido, a galáxia MACS0647-JD parece ser um dos elementos de formação de uma galáxia maior. Uma análise mostra que a galáxia tem menos de 600 anos-luz de largura, enquanto galáxias com a mesma idade costumam ter em média uma amplidão de 2.000 anos-luz.. A galáxia anã Grande Nuvem de Magalhães, que orbita a Via Láctea, tem uma largura de 14.000 anos-luz. A Via Láctea tem 150.000 anos-luz de extensão. "Este objeto parece ser um dos elementos que servem para formar uma galáxia", diz Dan Coe, do Space Telescope Science Institute. Ele é o coordenador do estudo sobre a descoberta que será publicado no dia 20 de dezembro do Astrophysical Journal.

Eclipse lunar de 28 de novembro de 2012

A penumbra Eclipse lunar ocorrerá em 28 de novembro de 2012 e que seria o segundo e último eclipse lunar do ano. Este eclipse não será visível aos olhos nus e devido ao que seria de menor importância para as pessoas comuns. * Se Eclipse lunar começa antes da meia-noite, mas acaba depois da meia noite ou seja, abrange duas datas diferentes no calendário gregoriano, em seguida, o Dia Eclipse escolhido é quando a fase penumbral começa fase, portanto, Umbral e Total pode começar além da meia-noite. Moonrise momentos e-lua são corrigidas para Parallax e esta correção dá tempos melhores para a observação do Eclipse. A menos que Eclipse lunar é visível a olho nu, é de nenhum significado para os hindus e os hindus não consideram para quaisquer atividades religiosas. Eclipses lunares de penumbra não são visíveis a olho nu, portanto, não há rituais relacionados com a Chandra Grahan devem ser observadas. Se Eclipse lunar é visível durante a fase Umbral então só deve ser considerado para atividades religiosas. A maioria dos calendários hindus não lista eclipses penumbrais. Se Chandra Grahan não é visível em sua cidade, mas é visível alguma cidade próxima a isso, então você não deve observá-lo. precauções que são aconselhados durante Sutak deve ser tomada apenas se Chandra Grahan é visível em sua cidade. Chandra Grahan é considerado mesmo que a Lua não é visível devido ao tempo nublado ou algumas outras condições climáticas.

sábado, 20 de outubro de 2012

Asteroides troianos viajam em grupos pelo espaço

Troianos jovianos O observatório espacial WISE, da NASA, permitiu que os astrônomos elucidassem alguns os mistérios envolvendo os asteroides troianos. São asteroides que orbitam o Sol na mesma rota que Júpiter, o que faz com que eles também sejam conhecidos como troianos jovianos. Em vez de serem corpos que se espalham de forma mais ou menos errática pela órbita, como se supunha, eles viajam em dois grandes grupos.
Em vez de serem corpos que se espalham de forma mais ou menos errática pela órbita, como se supunha, os asteroides troianos jovianos viajam em dois grandes grupos.[Imagem: NASA/JPL-Caltech] Troianos jovianos O observatório espacial WISE, da NASA, permitiu que os astrônomos elucidassem alguns os mistérios envolvendo os asteroides troianos. São asteroides que orbitam o Sol na mesma rota que Júpiter, o que faz com que eles também sejam conhecidos como troianos jovianos. Em vez de serem corpos que se espalham de forma mais ou menos errática pela órbita, como se supunha, eles viajam em dois grandes grupos. Um dos grupos de troianos viaja à frente de Júpiter, enquanto o segundo grupo segue logo atrás do planeta. O grupo da dianteira é ligeiramente maior - em número de asteroides - do que o grupo de trás. Asteroides vermelhos As observações também permitiram pela primeira vez obter informações sobre as cores dos asteroides troianos. Tanto o grupo líder quanto o grupo retardatário são predominantemente compostos de rochas de tonalidade vermelho escuro, com uma superfície fosca e muito pouco reflexiva. As observações mostraram que os dois grupos de rochas são muito semelhantes, não abrigando nenhum "intruso", que pudesse ter vindo de outras partes do Sistema Solar. Os troianos não se parecem com os asteroides do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, nem do Cinturão de Kuiper, uma família de corpos compostos primariamente de gelo, que se acredita existir nas regiões exteriores além de Plutão. Cápsulas do tempo "Júpiter e Saturno hoje estão órbitas estáveis e calmas. Mas, no passado, eles trombaram e destruíram qualquer asteroide que estivesse em suas órbitas," disse Tommy Grav, cientista da missão WISE. "Mais tarde, Júpiter recapturou os asteroides troianos, mas não sabemos de onde eles vieram. Nossos resultados sugerem que eles podem ter sido capturados localmente. Se assim for, isso é emocionante porque significa que esses asteroides poderiam ser feitos do material primordial dessa parte específica do Sistema Solar, algo sobre o que não sabemos muita coisa," especula o cientista.

Nascimento da Lua a partir da Terra ganha nova teoria

Nascimento da Lua Parece estar na ordem do dia oferecer novas teorias para a formação da Lua. Não poderia ser diferente. Conforme aumenta nosso conhecimento sobre os astros mais distantes do Universo, é um incômodo que não tenhamos boas ideias para o surgimento do corpo celeste que nos acompanha mais de perto. Parece haver um consenso de que a Lua é filha da Terra, porque a composição isotópica lá e cá são praticamente as mesmas.
Os cientistas concordam que a Lua é filha da Terra, mas o processo de retirada da "costela da Terra" ainda é uma incógnita.[Imagem: George Martell] Outro detalhe no qual os cientistas parecem concordar é que um corpo celeste chocou-se com a Terra para arrancar o material que formaria a Lua mais tarde. Há anos vigora a ideia de que o impacto teria sido com um hipotético planeta Teia (ou Theia). Há pouco mais de dois meses, um grupo de cientistas suíços fez simulações que mostram que o impacto com a Terra pode ter sido muito mais radical do que a hipótese original de Theia considerava Terra girando rápido Agora, outro grupo está tentando salvar a hipótese de Theia. Para isso, Matija Cuk (Instituto SETI) e Sarah Stewart (Universidade de Harvard) apoiam a ideia de que, antes da formação da Lua, a Terra girava muito mais rápido do que atualmente. Esta proposta é controversa, e já foi criticada por outros cientistas, uma vez que isso exige explicar por que a Terra girava mais rápido. De qualquer forma, o grupo propõe que, como a Terra girava mais rápido, o choque com Theia pode ter lançado para o espaço mais material da própria Terra, o que explicaria porque a Lua tem a mesma composição química da Terra, sem traços do hipotético planeta desgovernado. Diminuição da velocidade da Terra O choque também teria afetado a velocidade de rotação da Terra. Para que o modelo funcione, um dia da Terra antes do impacto não poderia durar mais do que duas ou três horas. Depois do impacto, a rotação da Terra teria sido diminuída pela interação gravitacional entre o Sol com a recém-nascida Lua - fruto de uma ressonância entre as órbitas da Terra e da Lua que transfere momento angular para o Sol. Os cientistas citam como reforço de sua teoria o fato de que, ainda hoje, as marés continuam a brecar lentamente a Terra, o que resulta em um afastamento contínuo da Lua, embora o momento angular do sistema não esteja sendo alterado. Parece que a temporada de ideias, hipóteses e simulações sobre a origem da Lua vai continuar aberta. Bibliografia: Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning Matija Cuk, Sarah T. Stewart Science Vol.: Published Online DOI: 10.1126/science.1225542

Brasil participará de mapeamento 3D do Universo

Universo em 3D Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) vão participar do projeto internacional J-PAS (Javalambre Physics of the accelerating Universe Astrophysical Survey). O objetivo do J-PAS é gerar mapas tridimensionais do Universo, indicando com alta precisão a localização de galáxias, quasares e outros objetos. Coordenado por instituições do Brasil e da Espanha, o projeto deverá concluir em dois anos a instalação de um novo observatório astronômico na Espanha, dotado de telescópio com câmera de altíssima resolução que, durante 5 anos, fará um mapeamento do Cosmos.
O objetivo do J-PAS é gerar mapas tridimensionais do Universo, indicando com alta precisão a localização de galáxias, quasares e outros objetos. [Imagem: AMOS] Os mapas serão usados no estudo da estrutura da energia escura e da matéria escura, e em questões ligadas à expansão acelerada do Universo. "Um dos grandes problemas atuais da astrofísica e da cosmologia é que o Universo está se expandindo aceleradamente. Além disso, não sabemos do que é feita a maior fração da matéria e energia do Universo," afirma o professor Raul Abramo, do Instituto de Física da USP, que integra o projeto. Telescópio de rastreio "Para que os nossos conhecimentos avancem, serão necessários grandes mapas tridimensionais do Universo, que só podem ser feitos detectando-se galáxias em um volume muito grande. Isso só é possível quando mapeamos vastas áreas do céu em telescópios dedicados como o do J-PAS," explicou. A energia escura, acreditam os cientistas, é a responsável pela expansão acelerada do Universo. "O telescópio vai observar dezenas de milhares de galáxias e determinar sua posição com alta precisão", diz o professor. "O mesmo será feito com os quasares, considerados os objetos mais brilhantes do Universo, que são o resultado de discos de matéria girando em torno de buracos negros supermassivos em galáxias distantes. Também seremos capazes de detectar milhares de supernovas, que são explosões de estrelas cujo brilho pode ser maior do que o de uma galáxia inteira." Abramo lembra que foram as supernovas que apontaram os primeiros indícios da expansão acelerada do Universo em 1998, descoberta que rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011 aos norte-americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess. Nobel de Física vai para aceleração da expansão do Universo "No caso do J-PAS, o mapeamento servirá não apenas para estudar como se dá essa expansão, mas também para verificar se a força gravitacional de fato atua da maneira prevista pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein", observa.
Quinto dos céus O observatório será instalado na Espanha, na Serra de Javalambre, próximo à cidade de Teruel, localizada a 200 quilômetros ao leste da capital Madri. As instalações do J-PAS, incluindo o telescópio com espelho de 2,5 metros de diâmetro, devem estar em funcionamento até 2014, e o trabalho de mapeamento deve durar de 5 a 6 anos. O investimento total é de US$40 milhões. "Pretende-se mapear uma área de 8.000 graus quadrados [medida do ângulo de visão que pode ser observado do céu], equivalente a um quinto de todo o céu, que tem cerca de 41.000 graus quadrados", diz Abramo. Supercâmera Pesquisadores brasileiros cuidam do projeto e da construção da câmera panorâmica do telescópio, com campo de visão de 3 graus quadrados. "Será uma das maiores câmeras do mundo, tanto no tamanho físico quanto na quantidade de dados das imagens, que terão 1,2 gigapixels, o equivalente a 250 câmeras digitais comuns", aponta o professor. Maior câmera digital do mundo compartilhará dados com o público A câmera é formada por uma matriz de 14 sensores do tipo Charge-Coupled Device (CCD), cada um com capacidade de 90 megapixels. "As observações ópticas se servirão de filtros estreitos para medir um espectro de baixa resolução de tudo o que for observado pelo telescópio, o que dará uma precisão muito grande na posição espacial das galáxias". O projeto envolve aproximadamente 70 pesquisadores de todo o mundo. Espanhóis e brasileiros coordenam o projeto, que também conta com a participação de cientistas de outros países, como Estados Unidos, Itália e Inglaterra. No Brasil, além do Instituto de Física e do Departamento de Astronomia da USP, o projeto também envolve o Observatório Nacional (ON), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre outras. http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mapeamento-3d-universo&id=010130120905

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Plutão e da Paisagem Desenvolvimento do nosso sistema solar


A descoberta de Plutão

Cerca de 80 anos atrás um astrônomo trabalhando no Observatório Lowell, nos Estados Unidos, fez uma descoberta que acabaria por iniciar uma mudança dramática na forma como olhamos para o nosso Sistema Solar. O jovem astrônomo Clyde Tombaugh foi, um assistente observando trabalhando no observatório que ficou famosa pelo grande astrônomo Percival Lowell. Tombaugh foi continuando a busca de um planeta indescritível - X planeta -. Que Lowell tinha acreditado (incorretamente) para ser responsável por perturbar as órbitas de Urano e Netuno Dentro de um ano, depois de passar várias noites no telescópio expor chapas fotográficas e meses tediosamente digitalização eles para sinais de um planeta, Tombaugh viu o que ele estava procurando. Por volta das 04:00, na tarde de 18 de fevereiro de 1930 Tombaugh começaram a comparar duas placas obtidas em janeiro daquele ano mostrando uma região na constelação de Gêmeos. Como ele ligou de uma placa para o outro, tentando ver se algo se moveu ligeiramente entre os dois (o sinal diga-conto do planeta, ele estava caçando), ele viu alguma coisa. Em uma parte do quadro de um pequeno objecto flitted alguns milímetros como ele comutado entre as duas placas. Tombaugh tinha encontrado seu novo planeta! (Stern & Mitton, 2005)



O objeto Tombaugh descobriu Plutão foi nomeado, um nome adotado oficialmente pela Sociedade Astronômica Americana, a Sociedade Real de Astronomia do Reino Unido e da IAU. É um mundo frio, milhares de milhões de quilómetros da Terra, e 30 vezes menos massa que o planeta mais pequeno, então conhecido, Mercúrio. Mas Plutão não estava sozinho. Verificou-se que tem três satélites. O maior, Caronte, foi descoberta em 1978. Os dois menores foram descobertas usando o telescópio espacial Hubble em 2005 e oficialmente nomeado Nix e Hydra pela IAU no início de 2006 ( leia mais ). A visão da paisagem do nosso sistema solar começou a mudar em 30 de agosto de 1992, com a descoberta por David Jewitt e Luu Jane, da Universidade do Havaí do primeiro de mais de mil objetos agora conhecidos orbitando além de Netuno em que é muitas vezes referido como o transnetunianos região. Mais geralmente esses corpos são simplesmente rotulados como Trans-netunianos Objetos (TNOs). Com tantas Trans-netunianos objetos que estão sendo encontrados, parecia inevitável que um ou mais pode ser encontrado para rivalizar com Plutão em tamanho. Na noite de 21 de outubro de 2003, Mike Brown, da Caltech, Chad Trujillo, do Observatório Gemini e David Rabinowitz da Universidade de Yale estavam usando um telescópio e câmera no Observatório Palomar em os EUA para pesquisar na borda do Sistema Solar. Naquela noite, eles fotografada uma região do céu mostrando um objeto em movimento em relação às estrelas de fundo. Análises posteriores mostraram que eles tinham descoberto um outro mundo frio, cerca de 2500 km de diâmetro, orbita o sol. Observações subsequentes revelaram que o novo objeto, inicialmente chamado 2003 UB 313 de acordo com o protocolo da União Astronómica Internacional sobre a designação inicial de tais objetos, foi mais massa que Plutão e que também tinha um satélite ( leia mais ). Com um objeto maior e mais massivo do que Plutão agora além de Netuno e cada vez mais desses objetos trans-netunianos sendo descobertos, os astrônomos começaram a perguntar: "Só o que constitui um planeta" Uma nova classe de objetos e como definir um planeta A UAI tem sido responsável pela nomeação e nomenclatura de corpos planetários e seus satélites desde o início de 1900. Como o professor Ron Ekers, ex-presidente da IAU, explica: Tais decisões e recomendações não são aplicáveis ​​por qualquer lei nacional ou internacional, mas eles estabelecer convenções que se destinam a ajudar a nossa compreensão de objetos astronômicos e processos. Por isso, as recomendações da IAU deve descansar sobre bem estabelecidas fatos científicos e ter um amplo consenso na comunidade em questão. ( ler o artigo completo ) A IAU decidiu criar uma comissão para recolher opiniões de uma ampla gama de interesses científicos, com a contribuição de astrônomos profissionais, cientistas planetários, historiadores, ciência editores, escritores e educadores. Assim, o Comitê de Definição de Planeta da IAU Executivo Comitê foi formado e rapidamente foi sobre a preparação de um projecto de resolução para colocar para os membros da IAU. Após a reunião final em Paris o projecto de resolução foi concluída. Um aspecto crucial da resolução é descrito pelo professor Owen Gingerich, Presidente do Planeta IAU Definição Comitê: " No lado científico, queríamos evitar arbitrária cut-offs simplesmente com base em distâncias, períodos, valores ou objetos vizinhos ". ( leia mais ) A resolução final O primeiro projecto de proposta para a definição de um planeta foi debatida vigorosamente por astrônomos na Assembléia Geral da IAU 2006 em Praga e uma nova versão foi tomando forma gradualmente. Esta nova versão era mais aceitável para a maioria e foi colocado para os membros da IAU para a votação na cerimônia de encerramento no dia 24 agosto de 2006. Ao final da Assembléia Geral Praga, seus membros votaram que o B5 resolução sobre a definição de um planeta do Sistema Solar seria a seguinte: Um corpo celeste que (a) está em órbita ao redor do Sol, (b) tem massa suficiente para que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de modo que assuma uma forma de equilíbrio hidrostático (aproximadamente redondo), e (c) limpou a vizinhança em torno de sua órbita. ( leia mais ) Planetas anões, plutóides e do Sistema Solar hoje A Resolução IAU significa que o Sistema Solar é composto por oito oficialmente planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Uma nova classe distinta de objetos chamados planetas anões também foi decidido. Foi acordado que os planetas e planetas anões são duas classes distintas de objetos. Os primeiros membros da categoria de planeta anão são Ceres, Plutão e Eris, anteriormente conhecido como 2003 UB 313 . Eris foi nomeado após a Assembléia Geral da IAU, em 2006 ( leia mais ) Eris é o deus grego da discórdia, um nome que o descobridor, Mike Brown descobriu encaixe à luz da comoção acadêmico que se seguiu a sua descoberta. O planeta anão Plutão é reconhecido como um protótipo importante de uma nova classe de Trans-netunianos objetos. A IAU criou uma nova denominação dada para esses objetos: plutóides. Hoje, a resolução permanece no lugar e é um testemunho da natureza fluida da ciência e como a nossa visão do Universo continua a evoluir com as mudanças feitas por observações, medições e teoria. Referências: Stern, A., & Mitton, J., 2005, Plutão e Caronte: Mundos gelo na borda Ragged do Sistema Solar , Wiley-VCH 1997

sábado, 6 de outubro de 2012

OBSERVANDO A GALÁXIA DE ANDRÓMEDA

Agora que a brilhante Lua deixou os céus noturnos, é boa altura para virar a nossa atenção para um dos mais espetaculares objetos do céu, passando diretamente sobre as nossas cabeças nestes dias por volta das 20 horas. Este objecto era conhecido como "pequena nuvem" pelo astrônomo persa Abd-al-Rahman Al-Sufi, que a descreveu e ilustrou no seu Livro de Estrelas Fixas no ano 964. Mas para os astrônomos persas em Isfahan podia ter sido conhecida já em 905, ou até mais cedo. Um perito em nomenclatura estelar, Richard Hinckley Allen, também disse uma vez que apareceu num mapa estelar holandês datado do ano 1500. Para observar esta "pequena nuvem" é necessário uma boa visão e uma noite escura e limpa, sem luzes da rua, de casa, ou da cidade para interferir. À vista desarmada parece nada mais que um brilho misterioso e indefinido: um borrão difuso e elongado, talvez com duas ou três vezes o tamanho aparente da Lua. Para a encontrar, localize o Grande Quadrado de Pégaso. A seguir, foque os seus binóculos na brilhante estrela Alpheratz, que se encontra no canto superior esquerdo do Quadrado. Siga para Este (esquerda) até à estrela Mirach em Andrômeda no seu campo de visão. Depois, para cima até uma estrela razoavelmente brilhante acima de Mirach e siga subindo na mesma direção até que encontra a "pequena nuvem". Este é o nosso alvo. Hoje conhecemo-la simplesmente como a grande Galáxia de Andrômeda. O rival de Galileu, Simon Marius, detém normalmente o crédito como o primeiro a observar telescopicamente este objecto em Dezembro de 1612. Descreveu a nebulosa tendo um brilho indefinido, "como uma vela brilhando pela janela de uma lanterna."
magem amadora de M31, registada com uma câmara CCD através de um telescópio. Crédito: Ed Carlos Mesmo hoje, os binóculos e telescópios revelam esta "nuvem" como pouco mais que algo enevoado e oval, que gradualmente aumenta de brilho para o centro até um núcleo tipo-estrela. Embora certamente pareça maior e mais brilhante do que a apenas olho nu, não há muito para sugerir a grandiosidade deste objecto, pois é bem melhor observada em astrofotografias de longa exposição. É oval porque da nossa perspectiva, estamos a observá-la não muito longe do seu perfil, mas de facto, é um conjunto estelar espiral, quase circular. A luz desta "pequena nuvem" é na realidade a acumulação total de luz de mais de 400 mil milhões de estrelas. Também é apelidada de Messier ("M") 31, no famoso catálogo de Charles Messier: objectos difusos que se parecem com cometas, mas que mais tarde se vieram a revelar como galáxias, nebulosas e enxames estelares. Este é o objecto mais distante observável à vista desarmada. Estima-se que M31 tenha quase 200.000 anos-luz de diâmetro ou uma vez e meia o tamanho da nossa Via Láctea. O seu núcleo brilhante é a nuvem difusa visível a olho nu. Tal como a nossa Galáxia, M31 tem algumas galáxias satélites. Duas destas: M32 e M110 podem ser observadas com baixa ampliação num telescópio pequeno ou médio, no mesmo campo que M31. Existem ainda outras duas companheiras (NGC 147 e 185) que são bastante mais ténues e mais afastadas, perto da fronteira com a vizinha Cassiopeia.
A Galáxia de Andrómeda no seu melhor. Crédito: Robert Gendler À medida que observar esta noite a Galáxia de Andrômeda, estará a fazer algo que ninguém no mundo, à excepção de um observador dos céus, consegue fazer: estará na realidade a olhar para o passado. Existe uma muito boa razão para este borrão de luz aparecer tão ténue à vista desarmada. Quando o observar esta noite, considere que esta luz viajou durante aproximadamente 2,5 milhões de anos para chegar até si, viajando sempre à tremenda velocidade de 1080 milhões de quilômetros por hora. A luz que observa tem cerca de 25.000 séculos de idade e começou a sua viagem por volta da mesma altura do nascimento do Homem. Esta luz é pelo menos 480 vezes mais velha que as Pirâmides; a distância que já percorreu é tão inconcebível que só o facto de tentar escrever o número em quilômetros é completamente insignificante. Quando começou a sua viagem de quase 24 exaquilômetros (24, seguido de dezoito zeros!) na direção da Terra, os mastodontes e os tigres-dente-de-sabre vagueavam pelo continente americano antes da Idade do Gelo e o homem pré-histórico lutava pela sua existência no que é agora a Garganta de Olduvai a norte da Tanzânia, na planície do Serengeti oriental. Durante muito tempo, M31 foi popularmente referida como a "Nebulosa" de Andrômeda. Mas embora os grandes telescópios refletores como o de 72 polegadas Lord Rosse no Castelo de Birr na Irlanda estivessem em operação já durante meados do século XIX, só em 1923 é que Edwin P. Hubble finalmente observou estrelas individuais em M31 com o seu telescópio de 100 polegadas do Observatório do Monte Wilson. Mesmo assim, muitas décadas antes já havia quem suspeitasse que M31 era mais que uma nuvem luminosa. Leia este comentário profético de W.H. Smyth, no seu livro "A Cycle of Celestial Objects", escrito em 1844: "Sir John Herschel... conclui que é um anel liso, de enormes dimensões, visto muito obliquamente. Consiste, provavelmente, de miríades de sistemas solares a uma espantosa distância de nós, e carrega com ela uma lição: a que não devemos limitar as fronteiras do Universo aos limites dos nossos sentidos."

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Exoplanetas recém-descobertos estão muito próximos um do outro Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/astronomia/25534-exoplanetas-recem-descobertos-estao-muito-proximos-um-do-outro.

Cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua. Isso é o que separa os dois planetas encontrados recentemente.
Astrônomos descobriram um par de planetas com densidades diferentes e que orbitam um ao outro, à distância de 1,9 milhão de quilômetros. Por mais que isso pareça muito para nós, que vivemos em um planeta com 12,7 mil quilômetros de diâmetro, a marca é extremamente pequena para níveis astronômicos. Comparando com distâncias mais conhecidas, essa distância equivaleria a cinco vezes o espaço que existe entre a Terra e a Lua. Essa é a menor órbita entre dois planetas já descoberta e o anúncio foi feito recentemente na publicação Science. O planeta interno, conhecido como Kepler-36b, circunda sua estrela a cada 13,8 dias, enquanto que Kepler 36-a, o planeta externo, completa a mesma volta em 16,2 dias. Esses dois mundos estão cerca de 20 vezes mais próximos um do outro do que quaisquer dois planetas do nosso Sistema Solar. Ambos os planetas — Kepler-36a e Kepler-36b — estão localizados a 1.200 anos-luz da Terra. Fonte: NASA

Cientistas descobrem cometa que passará perto da Terra Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/30719-cientistas-descobrem-cometa-que-passara-perto-da-terra.

Corpo celeste é feito de gelo e rochas, podendo alcançar um brilho maior do que o da lua cheia.
Os cometas sempre foram uma “maneira” muito fácil de matar toda a vida da Terra, tanto que eles já apareceram em inúmeros filmes catastróficos. Para deixar o pessoal de imaginação fértil muito animado — ou preocupado —, dois cientistas russos descobriram que um desses corpos celestes vai passar relativamente perto do nosso planeta. O nome da nova descoberta é 2012 S1, sendo que o cometa é uma esfera gigante de três quilômetros de largura feita de rochas e gelo. Por conta da sua constituição, ele pode chegar a ser o cometa mais brilhante já identificado, ultrapassando o Great Comet de 1680 e até mesmo a lua cheia. Apesar do seu nome, ele vai estar visível somente em 2013 — a partir de agosto, para ser mais exato. Dois meses depois, já vai ser possível vê-lo a olho nu, pois ele estará perto do sol o suficiente para irradiar um brilho fora do normal. Não, ninguém vai morrer desta vez Ao contrário do que muita gente talvez imagine, o 2012 S1 não vai colidir com a Terra e nem matar ninguém. Na verdade, é mais provável que ele seja destruído pelo calor do Sol, já que o cometa tem muito gelo na sua estrutura e vai passar relativamente perto da “estrela de fogo” do nosso sistema solar. Fonte: National Geographic

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cometa poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia em 2013

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6185394-EI301,00-Cometa+podera+brilhar+tanto+quanto+a+Lua+Cheia+em.html
Os astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok descobriram um cometa que passará próximo à Terra em 2013 e pode ser um dos mais brilhantes já observados - possivelmente 1 mil vezes mais brilhante que Vênus e quase tanto quando a Lua Cheia. As informações são do site da TV CBC. Os russos encontraram o objeto, que está antes da órbita de Júpiter, na semana passada. No final de novembro do ano que vem ele passará a cerca de 1,1 milhão de km da superfície visível do Sol, o que pode significar o fim para o cometa. Os astrônomos acreditam que ele será facilmente visto durante meses no hemisfério norte, enquanto se aproxima da nossa estrela. Na parte debaixo do Equador, a visão fica mais complicada - somente parte da cauda poderá ser vista em algumas regiões. Malcolm Hartley, do Observatório Astronômico do Austrália, conta ao site que não dá para ter certeza de como vai ser o cometa. "Pode ser deslumbrante ou um completo fiasco, esse é o problema em cometas como este." Se sobreviver à passagem pelo Sol, o objeto deve chegar a 60 milhões de km da Terra em 26 de dezembro de 2013. Acredita-se que ele se originou na Nuvem de Oort e Hartley afirma que existe uma pequena possibilidade de ele já ter passado por aqui antes. "Teve um grande cometa em 1680 com uma órbita muito similar a este."

domingo, 30 de setembro de 2012

2012aw Supernova em M95

http://messier.seds.org/more/m095_sn2012aw.html
2012aw supernovas, primeiro chamados PSN J10435372 1.140.177, foi descoberto em 16 de março de 2012 por Paolo Fagotti, Bastia Umbra, Itália no vermelho magnitude 15. Observações adicionais foram relatados por Alessandro Dimai do Projeto de Pesquisa italiano Supernovas com o Druscie Col Observatory (telescópio Maioni - SC 11 "f / 6,3). sobre duas imagens filtradas CCD Uma descoberta independente foi acjieved por Jure Skvarc em quatro imagens CCD tomadas com o telescópio Cichocki 0.60-mf/3.3 do Vrh Crni Observatory, Eslovénia. Peter Brown usou o telescópio ultravioleta / óptico (UVOT) a bordo do satélite Swift para observá-lo em 19 de março, e encontrei-o em magnitude visual 13,7, subindo rapidamente . No mesmo dia, foi encontrado em rápida ascensão na mag 13.1. Parece ter atingido o pico em torno de 22-24 março em visuais mag 13,0-12,7, e no final de março a início de abril de 2012, ficou com magnitude 13. Ele começou a desaparecer lentamente para mag 13,5 no início de maio e de 13,6 no início de junho de 2012. Esta supernova está localizado a 60 "oeste e 115" ao sul do centro de M95 nos braços espirais exteriores. Como também implícito por este local, ele estava determinado a ser de IIP tipo através de observações com o observatório de satélite Swift. O planalto de brilho quase constante (perto mag 13-13,5) foi bem observado a partir de março de bem para início de junho, 2012. 2012aw Supernova em M95 descoberta anunciar: CBET 3054 ( Quadri et.al. 2012 ), ATEL 3979 (PSN J10435372 1.140.177); CBAt "Relatórios de Seguimento transitórios Objetos" Supernova 2012aw Recursos por David Bispo A galáxia espiral barrada M95, tem aproximadamente 75000 anos-luz de diâmetro, ou seja, um tamanho comparável à Via Láctea e uma das maiores galáxias do Grupo de Galáxias Leo I. De fato ela é parte de um famoso trio de galáxias, chamado de Trio do Leão, com as vizinhas M96 e M105, localizadas a aproximadamente 38 milhões de anos-luz de distância. Nesse retrato nítido e colorido dessa ilha do universo, um brilhante e compacto anel de estrelas em formação circunda o núcleo da galáxia. Ao redor da proeminente e amarelada barra estão braços espirais traçados por linhas de poeira, jovens aglomerados estelares azuis e regiões rosadas de formação de estrelas. Como bônus, se você seguir o braço espiral que se abre para baixo e para a direita você poderá em breve ver a última supernova da M95, a SN 2012aw, descoberta em 16 de Março de 2012 e agora identificada como a explosão de uma estrela massiva. Um bom alvo para pequenos telescópios, a supernova pode ser vista no vídeo abaixo comparando uma imagem recente com uma imagem profunda da M95 sem a presença da supernova feita em 2009. http://cienctec.com.br/wordpress/index.php/m95-com-supernova/

sábado, 29 de setembro de 2012

METEORITOS

http://www.meteoritos.com.br/ Meteoritos são fragmentos de corpos extraterrestres que sobrevivem a passagem atmosférica como grandes meteoros (bólidos) atingindo o solo. Podem ser vistos cair ou encontrados no solo. Existem três tipos básicos de meteoritos
rochosos - como pedra
metálicos - como aço
mistos - rocha + aço PARA IDENTIFICAÇÃO DE METEORITOS MANDE E-MAIL PARA: meteoritos@globo.com É muito difícil imaginar como é uma pedra descrita ao telefone. Por favor dê preferência por mandar e-mail com foto do suposto meteorito. PRESTE ATENÇÃO NESTE DADOS BÁSICOS Pedras de raio ou couriscos não são meteoritos: As pedras em formatos pontudos que segundo dizem aparece depois de um raio atingir o solo não são meteoritos e sim artefatos indígenas. Meteoritos não são pedras pretas: Eles são escuros apenas por fora com uma fina película chamada de crosta de fusão. Por isso é muito importante que se veja o interior da pedra. Meteoritos metálicos não são cor de grafite: Os meteoritos metálicos por dentro apresentam cor de aço e não cor de grafite ou avermelhados como ferrugem. Meteoritos são atraídos por ímãs: Praticamente quase todos meteoritos são atraídos por ímã, mas não são magnéticos. Portanto se tua pedra não for atraída por ímã a não ser que tenha sido vista cair e apresnte uma crosta de fusão não é meteorito. Nem toda pedra que é atraída por ímã é meteorito: Existem muitos minérios e pedras terrestres que são atraídas por ímã, um exmplo é o basalto que é uma rocha terrestre preta e pesada que é atraída por ímã. Portanto pedras pretas por dentro não são meteoritos. Meteoritos são pesados: Os meteoritos são em geral um pouco ou muito mais pesados que as rochas terrestres de mesmo tamanho. Meteoritos não são radioativos: Apesar de ficarem expostos por milhões de anos aos raios cósmicos os meteoritos não existe o perigo de serem radioativos. Meteoritos não são pedras bonitas:: Se voce encontrou uma pedra bonita e diferente mas que não possui um fina crosta de fusão por fora, ela provavelmente não será um meteorito Pedras arredondadas e polidas não são meteoritos: Os meteoritos apresentam superfície áspera e com depressões nunca lisas, redondas e polidas como pedras de rio. Meteoritos não são furadinhos: Apesar de apresentarem sulcos na superfície por dentro eles não são cheio de furinhos como uma esponja Quanto vale um meteorito? Meteoritos são valiosos tanto para a ciência como para colecionadores e seu valor irá depender de sua classificação, (existem pelo menos 50 tipos diferentes de meteoritos) quanto mais raro mais valioso. O Angra dos Reis, meteorito brasileiro que deu nome a um tipo de meteorito, os angritos, é um dos mais raros e valiosos do mundo. Para um meteorito passar a existir oficialmente e ter algum valor ele tem que ser submetido ao NomCom aprovado e publicado no Meteoritical Bulletin. Isso só ocorre após ter sido estudado por um centro de pesquisa e uma amostra tipo de pelo menos 20 gramas depositada em um museu credenciado como o Museu Nacional e mais umas 30g que será utilizada para pesquisa em laboratórios. Meteoritos não perdem o valor se forem cortados, ao contrário só possuem valor se forem estudados, mas não saia cortando sua pedra entes de entrar em contato pois poderá estar cortando um artefato indígena.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

quipe do Hubble divulga nova imagem do Universo distante Leia mais sobre esse assunto .

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120926_hubble_imagens_ebc.shtml
Batizada de Extreme Deep Field (XDF), a foto capturou uma infindável quantidade de galáxias que se estende até os tempos em que as primeiras estrelas começaram a brilhar. A imagem não é um retrato normal já que alguns dos objetos estão distantes e têm brilho fraco demais para aparecerem em um simples clique. Para "vê-los", o Hubble foi obrigado a observar um pequeno pedaço do céu por mais de 500 horas - até capturar toda a luz possível. O XDF pode se tornar um valioso instrumento para a astronomia. Cada um dos objetos que aparecem na foto agora pode ser observado com mais detalhes por outros telescópios, o que pode significar anos de trabalho para os cientistas - estudando a formação e a evolução de galáxias. A nova imagem é uma atualização de um produto anterior do TEH, o Hubble Ultra Deep Field (UDF). Além das fronteiras A foto anterior foi formada a partir de dados coletados entre 2003 e 2004, quando o telescópio se concentrou na constelação Fornax, conhecida como A Fornalha. Também para esta imagem, foram necessárias muitas horas de observação para capturar a tênue luz de milhares de galáxias, distantes ou próximas, o que fez dela a mais completa foto do universo na época. Mas o XDF foi além, fechando o foco em uma área ainda menor que o do UDF. O novo retrato incorpora mais de 2 mil exposições diferentes, sacadas ao longo de dez anos pelas duas principais câmaras do Hubble, a Câmara Avançada para Pesquisas, instalada por astronautas em 2002, e a Câmara de Largo Campo 3, acrescentada ao observatório na sua última manutenção, em 2009. Para visualizar o universo além das fronteiras, o Hubble explorou a luz infra-vermelha ao máximo. Somente as ondas de luz mais longas são capazes de detectar os objetos mais distantes. Das mais de 5 mil galáxias observadas pelo XDF, uma pôde ser vista como era 450 milhões de anos depois do nascimento do universo, conhecido como Big Bang. O acontecimento teria sido registrado, segundo cientistas, há 13,7 bilhões de anos. A próxima atualização dessa imagem notável acontecerá apenas quando o sucessor do Hubble entrar em órbita. O Telescópio Espacial James Webb deve ser lançado em 2018. A nova geração de observatório espacial tem um espelho ainda maior e instrumentos infra-vermelhos ainda mais sensíveis. Com eles, astrônomos poderão ver ainda mais longe, talvez testemunhando o nascimento das primeiras estrelas do universo.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Descoberta de Netuno faz 166 anos, pouco mais de 1 ano netuniano

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6171656-EI301,00-Descoberta+de+Netuno+faz+anos+pouco+mais+de+ano+netuniano.html
Retratos do Hubble foram feitos na comemoração do primeiro ano netuniano de sua descoberta Casos de cientistas brilhantes que são ignorados por suas ideias inovadores são comuns na história. Um desses exemplos é o francês Urbain Joseph Le Verrier. Quando se descobriu que o planeta Urano não orbitava da maneira que era previsto pelos cálculos astronômicos, esse matemático propôs que ele sofria a interferência de outro planeta - ele inclusive deu a localização e massa desse corpo desconhecido. Os astrônomos franceses ignoraram sua hipótese, mas ele insistiu na ideia e mandou suas predições para Johann Gottfried Galle, no Observatório de Berlim. Galle encontrou Netuno na primeira noite de observações, com menos de um grau de divergência do previsto por Le Verrier, em 23 de setembro de 1846. O matemático francês não foi o único a prever a existência do planeta, o astrônomo inglês John Couch Adams também fez os cálculos - de maneira independente, pouco tempo antes -, mas nunca publicou sua hipótese. Dezessete dias depois de Netuno, Galle descobriu Tritão, sua maior lua. Curiosamente, Netuno está tão longe do Sol (4,5 bilhões de km) que ele demora cerca de 165 anos terrestres para dar a volta ao redor da estrela - ou seja, somente em 2011 que completamos um ano netuniano de sua descoberta. De presente, ele ganhou uma série de retratos do Hubble. Outra curiosidade, é que a órbita irregular do planeta-anão Plutão faz com que ele, de tempos em tempos, entre na órbita de Netuno e fique mais perto do Sol que este (durante um período de 20 anos a cada 248 anos). Contudo, não há risco dos dois colidirem. Ao contrário do que muitos pensam, os planetas gigantes gasosos tem um núcleo sólido. O de Netuno é do tamanho aproximado da Terra. Existe muito metano na composição de sua atmosfera (o que o deixa azul) e até mesmo água. Contudo, o azul desse corpo é mais vívido que o de Urano - mas não se sabe qual componente na atmosfera deixa a cor mais viva. Em 1989, a Voyager 2 registrou uma grande mancha escura na atmosfera de Netuno. Chamada de "Grande Ponto Escuro", a mancha é na verdade uma gigantesca tempestade (grande o suficiente para devorar a Terra) com ventos de 1,2 mil km/h. Décadas depois, o Hubble não conseguiu registrar o Grande Ponto, mas viu outras duas grandes tempestades ao longo dos anos de seu funcionamento. A Voyager 2 ainda fotografou nuvens que faziam sombra no planeta - o que permitiu calcular as distâncias entre suas camadas. Netuno tem pelo menos (sempre pode se descobrir mais) seis anéis e 13 luas. Seu maior satélite, Tritão, orbita no sentido contrário dos demais, o que indica que ele foi capturado pela gravidade do planeta em um passado distante. A lua é extremamente fria (-235°C na superfície), mas tem gêiseres que expelem material congelado a até 8 km. Desde as primeiras medições pela Voyager 2, a atmosfera de Tritão está esquentando - mas não se sabe o motivo. Mas o que aconteceu com Le Verrier? Galle queria dar o nome do francês ao planeta. A União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), contudo, negou e acabou dando o nome do deus romano dos mares. Mas ele ganhou diversas honrarias pelo feito, como a medalha Copley, em 1846 - o mais tradicional prêmio da Royal Society (a Real Sociedade Britânica), entregue desde 1731. Ele ainda assumiu o Observatório de Paris - mas suas medidas duras para restaurar a qualidade da instituição o levaram a ser odiado pelos astrônomos. O matemático foi afastado do cargo, mas deu a volta por cima e voltou três anos depois. Ele ainda é um das 72 pessoas que teve seu nome eternizado na torre Eiffel. Le Verrier morreu em 1877. Com informações da Nasa.

Estudo descobre halo de gás gigante ao redor de nossa galáxia

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6177073-EI301,00-Estudo+descobre+halo+de+gas+gigante+ao+redor+de+nossa+galaxia.html
lustração mostra como seria o Halo. No centro, a Via Láctea e suas vizinhas - a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães Observações do telescópio Chandra - da Nasa (a agência espacial americana) -, do satélite japonês Suzaku e do observatório XMM-Newton - da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) - indicam que a Via Láctea está rodeada por um gigantesco halo de gás quente que teria massa comparável às de todas as estrelas de nossa galáxia somadas. Em comunicado nesta segunda-feira, a Nasa afirma que se o tamanho e a massa do halo forem confirmados, ele poderia explicar o problema dos "bárions desaparecidos". Os bárions mais conhecidos são os prótons e os nêutrons (os elétrons, que também compõem os átomos, fazem parte do grupo dos léptons). Essas partículas compõem mais de 99,9% da massa dos átomos no universo. Observações de galáxias e halos de gás muito distantes (e, portanto, que aparecem ainda jovens para nós) indicam que existiam os bárions nos primórdios do universo representavam uma parcela maior da massa do universo jovem. Ou seja, hoje, cerca de metade dessas partículas está "desaparecida". O novo estudo indica que as partículas desaparecidas podem estar nesse halo. Segundo a pesquisa, o objeto tem oito fontes brilhantes de raios-x a centenas de milhões de anos-luz de distância da Terra. Essas fontes têm temperatura entre cerca de 1 milhão e 2,5 milhão de °C - centenas de vezes mais quente que a superfície do Sol. Os pesquisadores estimam que a massa desse gás é equivalente a 10 bilhões de vezes a do Sol, talvez até 60 bilhões de vezes. Eles acreditam ainda que ele pode ter "algumas centenas de milhares de anos-luz". A densidade é tão baixa que halos parecidos em outras galáxias podem ter escapado do registro dos pesquisadores.

Descobertos novos planetas que orbitam ao redor de 2 sóis

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5554419-EI301,00-Descobertos+novos+planetas+que+orbitam+ao+redor+de+sois.html
Concepção artística mostra planeta descoberto Uma equipe de astrônomos encontrou dois novos planetas que orbitam ao redor de dois sóis, um fenômeno que foi observado pela primeira vez na história em setembro do ano passado e que consolida a suspeita de que existem milhões deles na galáxia. A Universidade da Flórida anunciou nesta quarta-feira a descoberta, da qual participaram alguns de seus astrônomos e que foi possível graças à análise dos dados obtidos pela missão Kepler, da Nasa. Os cientistas batizaram os planetas de Kepler-34b e Kepler-35b. Ambos orbitam ao redor de uma "estrela binária", um sistema estelar composto de duas estrelas que orbitam mutuamente ao redor de um centro de massas comum. "Embora a existência destes corpos, chamados de planetas circumbinários, tenha sido prevista há muito tempo, era só uma teoria, até que a equipe descobriu o Kepler-16b em setembro de 2011", explicou a instituição em comunicado. Kepler-16b foi batizado então como "Tatooine", em referência ao desértico planeta dos filmes "Guerras nas Estrelas", que tinha a peculiaridade de contar com dois sóis. "Durante muito tempo tínhamos achado que esta classe de planetas era possível, mas foi muito difícil de detectar por diversas razões técnicas", explicou o professor associado de Astronomia da Universidade da Flórida, Eric Ford. Ford acrescentou que a descoberta de Kepler-34b e Kepler-35b, que será publicada nesta quinta-feira na edição digital da revista "Nature", somado à de Kepler-16b em setembro, "demonstra que na galáxia há milhões de planetas orbitando duas estrelas". Acredita-se que os dois planetas recém-descobertos são formados fundamentalmente por hidrogênio e que são quentes demais para abrigar vida. São dois gigantes de gás de muito pouca densidade, comparáveis em tamanho a Júpiter, mas com muito menos massa. Kepler-34b é 24% menor que Júpiter, mas tem 78% menos massa, e pode completar uma órbita em 288 dias terrestres. Já Kepler-35b é 26% menor, tem uma massa 88% inferior e demora apenas 131 dias para dar uma volta completa em seus dois sóis. "Os planetas circumbinários podem ter climas muito complexos durante cada ano alienígena, já que a distância entre o planeta e cada estrela muda significativamente durante cada período orbital", explicou Ford. A missão Kepler, que começou em março de 2009, utiliza um telescópio para observar uma pequena porção da Via Láctea. Os astrônomos analisam os dados procedentes do telescópio e buscam aqueles que mostram um escurecimento periódico que indique que um planeta cruza a frente de sua estrela anfitriã. O objetivo da missão é encontrar planetas do tamanho da Terra na zona habitável das órbitas das estrelas (onde um planeta pode ter água líquida em sua superfície). "A maioria das estrelas similares ao Sol na galáxia não está sozinha, como o sol da Terra, mas tem um 'parceiro de dança' e forma um sistema binário", explicou a Universidade da Flórida. De fato, a missão Kepler já identificou 2.165 estrelas binárias eclipsantes (que tapam uma a outra desde a perspectiva do telescópio) entre as mais de 160 mil estrelas observadas até o momento.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Meteorito estoura pára-brisa de carro no Canadá

http://hypescience.com/23170-meteorito-atinge-carro/ Quando o carro da família Garchinski foi atingido por uma pedra com tanta força que chegou a quebrar o pára-brisas, Yvonne Garchinski não teve dúvidas: ligou para a polícia, acreditando que a pedra tinha sido jogada por algum vândalo. A polícia não pôde fazer muito: sem suspeitos nem testemunhas, questionaram por que o vidro frontal havia sido quebrado, mas não o traseiro. Mesmo assim, Yvonne afirma ter ficado intrigada e guardou a “pedra” que atingiu seu carro. De acordo com ela, não parecia uma rocha qualquer: era preta e fosca, com pequenos riscos acinzentados e salpicado com pontos metálicos. Colocados juntos, os pesados fragmentos encontrados no carro se juntam para formar uma pedra quase triangular.
Depois de duas semanas guardados, os cinco fragmentos finalmente tiveram um destino, depois que a chefe da família assistiu a uma reportagem e percebeu que a pedra poderia fazer parte de uma brilhante bola de fogo que havia passado pela sua cidade recentemente. » Enorme bola de fogo cai no Canadá Quando os fragmentos foram levados o professor de física Peter Brown, da Universidade de Ontário, ficou claro que o objeto era tudo que os cientistas procuravam. “Perceber que era um meteorito foi fácil”, diz Brown. “Ela é diferente de qualquer rocha encontrada na Terra”, aponta o físico. A rocha que caiu no carro dos Garchinski ficará pelos próximos três meses nas mãos de pesquisadores, que irão analisar as características químicas e minerais do objeto para tentar traçar a sua origem. Este meteorito já é considerado um dos mais meticulosamente estudados: as câmeras de alta resolução de um centro de estudos de meteoros em Ontário registrou todo o seu trajeto. Isto permitirá que cientistas analisem a sua órbita e o seu histórico com maior precisão. Grande parte dos meteoritos que caem na Terra tem mais de 4,5 bilhões de anos, e geralmente ficam com as pessoas que os descobriram. Fragmentos de rochas espaciais podem ser vendidos por aproximadamente 15 dólares (30 reais) por grama, de acordo com Brown. No caso deste curioso meteorito mais bem estudado, o valor de venda deve ser mais alto, mas a família ainda não decidiu o que fazer com ele quando voltar à sua casa.

Projeto ensina a ''caçar'' meteoritos

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=63506 No Ano Internacional da Astronomia, jovens são incentivados a ajudar na busca de material usado em pesquisa Alexandre Gonçalves escreve para “O Estado de SP”: Uma legião de jovens caçadores de meteoritos espalhada pelo País. Esse é o objetivo de um projeto lançado no Ano Internacional da Astronomia, que comemora os quatro séculos das primeiras observações telescópicas de Galileu Galilei. Folhetos foram distribuídos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizada anteontem em escolas de ensino fundamental e médio de todo o Brasil. O material ensina a diferenciar pedregulho de objetos que chegam do espaço. "Os meteoritos são registros únicos da história do sistema solar", explica a astrônoma Maria Elizabeth Zucolotto, do Museu Nacional, no Rio. "São restos de planetas que já não existem ou não chegaram a se formar." Revelam segredos sobre o núcleo dos astros - provavelmente, nunca chegaremos ao núcleo da Terra - e dão pistas sobre a origem da vida. "Há indícios de que substâncias importantes vieram cavalgando no espaço em meteoroides", aponta Elizabeth. "Mesmo a água que existe no nosso planeta não deve ter se formado aqui." Ela estuda o assunto há 30 anos e sabe como é difícil encontrar um meteorito. "Uma pessoa pode buscar a vida inteira e jamais topar com um", afirma. "Por isso, é tão importante para a ciência contar com milhares de olhos em todos os lugares." No folder distribuído para os estudantes, Elizabeth pede que enviem amostras dos minerais suspeitos para seu laboratório. Cedo ou tarde, muitos meteoritos descobertos no País passam pelas mãos da astrônoma. Ela analisa e cataloga os meteoritos brasileiros. "Até o fim do ano, teremos 60 registrados." Atualmente, são 58. No mundo inteiro, há mais de 36 mil, 70% deles achados na Antártida. Nos Estados Unidos, foram encontrados cerca de 1.500. "O povo aqui não sabe o que fazer com os meteoritos", afirma Elizabeth. Em Palmas de Monte Alto (BA), por exemplo, a 700 quilômetros de Salvador, um meteorito metálico de 97 quilos permaneceu mais de 50 anos entre duas estantes do grupo escolar Marcelino Neves. Em novembro de 2007, o objeto foi mostrado ao paleontólogo Douglas Riff Gonçalves, que enviou uma amostra para Elizabeth. Ela confirmou a descoberta. Uma carta escrita pelo padre José Dorme ao Museu Nacional, em 1888, já descrevia um "aerólito" que caíra na região. Durante mais de cem anos, os cientistas ignoraram seu paradeiro. Segredos "Apenas 0,5% de amostra que recebo no meu laboratório é realmente meteorito", aponta Elizabeth. As demais peças são descartadas como minerais terrestres. Para que a campanha de divulgação não transforme o laboratório do Museu Nacional em uma pedreira, Elizabeth incluiu no folder um fluxograma que ajuda a identificar minerais com chances reais de serem classificados como meteoritos. "Inspirei-me em um guia médico para realizar diagnósticos simples em casa", conta. Há dois tipos principais de meteorito: os rochosos e os metálicos. Enquanto os primeiros têm formas facilmente identificáveis, os outros são confundidos com rochas terrestres e só costumam ser achados quando há testemunhas do lugar da queda. Até agora, a divulgação custou R$ 25 mil. A iniciativa, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), compartilha uma verba destinada à popularização da astronomia. Falta chegar uma segunda parcela de igual valor. É o primeiro projeto de Elizabeth relacionado a meteoritos com financiamento público. "De 1997 a 2002, submeti outros, mas não passaram", afirma a pesquisadora. "Essa área de pesquisa precisa ser mais valorizada no País." ‘Sonho achar uma peça valiosa’, diz colecionador Quando criança, o administrador Wilton Carvalho ouvia histórias da pedra encantada que caiu na caatinga. Foram homens da capital até lá para levar o objeto. Os idosos diziam que a pedra não queria acompanhá-los: travava as rodas do carro de boi e caía no chão. A persistência e o engenho dos pesquisadores venceram e, por ordem de d. Pedro II, o meteorito embarcou para o Rio, em 1888, em uma estação ferroviária do município de Itiúba (BA), cidade natal de Carvalho, a 360 quilômetros de Salvador. Em 1990, com 44 anos, Carvalho visitou o Museu Nacional e ficou maravilhado com o bloco de metal que viera da sua terra. Feito de ferro e níquel, Bendegó é o maior meteorito brasileiro. Tem 5.360 quilos. Carvalho tornou-se colecionador. Soube de uma chuva de meteoritos em Campos Sales (CE),uma cidade com 26 mil habitantes a 500 quilômetros de Fortaleza. O administrador contratou uma pessoa para visitar os lavradores e descobrir se alguém tinha guardado pedaços do meteorito. Conseguiu vários fragmentos. Em contato com colecionadores de outros países, realizou trocas para aumentar a variedade do seu acervo. No início, quis fazer dinheiro como hobby. Comprou meteoritos em Tucson (EUA), na maior feira de pedras do mundo. Tentou revendê-las aqui e continuou procurando meteoritos Brasil afora. Em poucos anos, descobriu que o ramo era pouco promissor. Não havia compradores brasileiros e as buscas custavam caro, sem retorno. “Sonho encontrar um meteorito valioso”, comenta em tom de brincadeira. “Passaria o resto da vida caçando só por prazer.” Sua maior aventura foi uma incursão na floresta amazônica para encontrar a “Tunguska brasileira”. Em 1908, um objeto celeste atingiu o vale do Rio Tunguska, na Sibéria, e devastou 60 quilômetros quadrados de floresta. Segundo registros de um missionário, um evento semelhante, porém menor, ocorreu na Amazônia em 1930. Em 1997, ao lado de pesquisadores do Observatório Nacional e de duas emissoras de televisão, Carvalho visitou a região do Rio Curuçá. Imagens de satélite insinuavam a existência de uma cratera. Vários dias na floresta terminaram sem sucesso: “Não podia ser lá: havia árvores com troncos grossos. ”Todos os anos, Carvalho realiza três viagens para procurar meteoritos. A paixão de colecionador fez Carvalho ingressar na academia. No fim do ano, defenderá tese de mestrado sobre Bendegó na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com sua orientadora, Débora Rios, conseguiu financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) para o Programa de Recuperação, Classificação e Registro de Meteoritos (Promete). O projeto pretende recuperar meteoritos que caíram no Estado. Sua coleção particular está exposta no Museu Geológico da Bahia. (O Estado de SP, 17/5)

QUEDAS DE METEORITOS: ESTUDO DA MATÉRIA CÓSMICA QUE ATINGE A TERRA. O CASO DE PUTINGA.

http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20041/Sonia/colecionador.html
Hardy Grunewaldt tem, em seu acervo particular, exemplar de meteorito metálico que caiu em Nova Petrópolis, em época não determinada, pesando em torno de 100 kg. O acervo tem outras raridades, como o Pueblito de Alliende, meteorito que contém matéria orgânica na sua composição e mantém aberta a discussão sobre vida fora do nosso planeta.
Outra raridade é o exemplar de tectita lunar e fragmento do meteorito Bendegó, achado na Bahia em 1784. Putinga localiza-se na região alta do Vale do Taquari, distante 110 km de Lajeado. Ficou famosa devido ao meteorito que caiu na cidade na década de 30 do século passado, quando ainda era distrito de Encantado. Em 16 de agosto de 1937, um domingo, a maior parte da comunidade estava reunida comemorando o dia de São Roque, padroeiro local. Um estrondo estranho e cada vez mais alto apavora os moradores, seguido por um rastro luminoso. Tratava-se de um meteorito,o qual fragmentou-se em várias partes que atingiram diferentes pontos das redondezas da cidade. O fenômeno, desconhecido para a maioria, causou medo e espanto. A Sra. Rosa Secco, 94 anos, conta que estava reunida com as vizinhas, no pátio de sua casa. Devido ao barulho e ao 'relâmpago', todas correram e começaram a rezar; ela foi a única que ficou observando o rastro de luz e escutou o barulho da pedra caindo num potreiro próximo. O pedaço que seu marido achou no potreiro tinha em torno de 20 kg e foi doado, devido aos maus presságios que estaria indicando. A maioria dos fragmentos recolhidos foi levada embora por viajantes e estudiosos, restando na cidade apenas um fragmento do meteorito, de 1 kg, exposto no Museu Municipal. Embora o fenômeno cósmico tenha causado curiosidade e espanto, a vida putinguense correu normalmente, mas os vários fragmentos do Meteorito de Putinga estão espalhados pelo mundo e tornam a cidade conhecida no cenário científico. Outro pedaço do meteorito, maior, atingiu a propriedade de José Marchese. Seu filho, Sr. Fidêncio Marchese, atualmente com 83 anos, também foi atraído pelo barulho. Conta que viu aquele 'rastro de luz' barulhento cair no potreiro da família, levantando uma enorme nuvem de poeira. Com dois amigos, foi ao local. Estima que o buraco aberto tivesse 2 metros de profundidade e a "bola" pesava em torno de 52 kg. No dia seguinte, carregaram-na no caminhão do Sr. Guido Cé, que teria levado a "bola do céu" para Porto Alegre. Fragmento do meteorito de Putinga, parte do acervo Particular do Sr. Hardy Grunewald, da cidade de Arroio do Meio.

Meteorito raro encontrado por fazendeiro americano vale 6 milhões de reais

http://hypescience.com/meteorito-raro-encontrado-por-fazendeiro-americano-vale-6-milhoes-de-reais/
Em 2006, um fazendeiro encontrou um meteorito enterrado em uma colina em uma cidade de Missouri, nos EUA. No entanto, só agora o valor dessa descoberta foi revelado. O geoquímico Randy Korotev, da Universidade de Washington, identificou a rocha espacial como um tipo raro de meteorito palasito que vale cerca de 6 milhões de reais. Apenas 19 outros palasitos já foram encontrados nos EUA até hoje. O meteorito percorreu um longo caminho até chegar nas mãos de Korotev. Os pesquisadores acreditam que este meteorito era parte de um asteroide que orbitava o sol no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Em algum momento, este fragmento se bateu com uma órbita que cruzava o caminho da Terra, e foi puxado para o nosso planeta pela gravidade. Os cientistas não têm certeza de quando o meteorito atingiu a Terra, mas ele foi descoberto em 2006, quando um agricultor, que pediu para permanecer anônimo, encontrou uma pedra muito pesada em uma colina. Embora a pedra parecesse normal por fora, quando o agricultor a serrou, um interior belo e inusitado foi revelado. Cristais verdes de um mineral chamado olivina se espalhavam por uma matriz de ferro-níquel, como lascas de chocolate em um cookie. Estas são marcas de um palasito. Em 2009, Karl Aston, um químico, caçador de meteoritos amador e colecionador, ouviu falar sobre a rocha e se juntou com amigos para comprá-la. Para determinar que tipo de pedra tinham em suas mãos, os coletores trouxeram a rocha para Korotev, que era bem conhecido como identificador de rochas espaciais. Korotev e sua equipe pegaram uma amostra da rocha e analisaram sua composição elementar para classificá-la. Eles descobriram que ela era parte de um grupo principal de rochas palasitos, similar à maioria das outras 19 que tinham sido encontradas no país antes. Para descobrir se era um pedaço de um meteorito conhecido que já tinha sido estudado, os cientistas fizeram mais testes. Korotev enviou a pedra a John Wasson, que tinha ferramentas especiais para analisar a matriz metálica dos cristais de dentro da rocha. Wasson concluiu que a pedra era única, sem relação com qualquer dos palasitos anteriores. Isso fez com que ela ganhasse seu próprio nome. Em 27 de agosto de 2011, o Comitê de Nomenclatura da Sociedade Meteoritical nomeou oficialmente a pedra Conception Junction, após o local onde foi encontrada. A maioria dos meteoritos é feita de um tipo de material, mas palasitos como Conception Junction são diferentes. Estas pedras vêm de grandes asteroides que produzem calor interno suficiente para derreter parcialmente seu interior, criando um núcleo de metal líquido e um exterior rochoso. Os cientistas acreditam que palasitos, que contêm uma mistura de metal e rocha, vem do limite de um asteroide, entre seu núcleo de metal e o mineral olivina em sua camada do meio, chamada de manto. Asteroides são os restos que sobraram após a formação dos planetas, assim, são feitos do mesmo material que a Terra. Pesquisadores acreditam que a fronteira entre o núcleo do nosso planeta e seu manto é muito parecida com a composição de um meteorito palasito. Quando cortado e polido, esse meteorito vale cerca de 354 reais por grama. Em contraste, meteoritos comuns são vendidos por 3 a 5 reais por grama, enquanto o primeiro meteorito lunar encontrado por um colecionador particular valeu 70.000 reais por grama. No entanto, o fazendeiro de Missouri provavelmente não vai ficar milionário. Korotev disse que os meteoritos não são uma boa forma de enriquecer, afinal colecionadores de meteoritos raramente são ricos; eles fazem isso por diversão. No total, o novo meteorito pesa cerca de 17 quilos, trazendo seu valor para cerca de 6 milhões de reais. Aston e outros colecionadores doaram a maior parte do meteorito para universidades e museus, mas ainda há alguns exemplares disponíveis para compra. [LiveScience]

domingo, 23 de setembro de 2012

As três galáxias que podemos ver a olho nu

Guilherme Murici Corrêa (Monitor UFMG/Frei Rosário) Galáxias Todos os planetas do nosso Sistema Solar orbitam o Sol, que é apenas uma dentre bilhões de estrelas que compõe a nossa galáxia: A Via Láctea. Observada e nomeada desde tempos muito remotos, foi apenas descoberto que o “caminho de leite” na verdade se tratava de um imenso número de estrelas, quando o famoso astrônomo Galileu Galilei a observou. Quando observamos o céu em uma noite sem nuvens podemos ver milhares de estrelas dependendo das condições do local de onde observamos. Todas estas estrelas fazem parte desta galáxia em que o sistema solar está localizado. Se abstrairmos um pouco e pensarmos cada vez mais distante, haverá um momento em que será possível distinguir uma forma para esta organização de estrelas, no caso da via Láctea será uma forma espiralada praticamente planar, ou seja, a grande maioria das estrelas está localizada em um plano, o “disco” galáctico. O primeiro astrônomo a chegar a esta conclusão foi o também famoso William Herschel que mais tarde obteve confirmação de suas observações quando Harlow Shapley descreveu como as estrelas estariam organizadas em relação ao centro (bojo) da galáxia e também demonstrou que o Sol está mais próximo à borda da Via Láctea.
As galáxias são, portanto, formadas de estrelas, milhões ou bilhões delas. Existem várias classificações para cada uma dependendo de sua forma, como por exemplo, galáxias irregulares, elípticas, espirais, como é o caso da Via Láctea, Andrômeda, entre outras. As galáxias espirais também podem possuir um formato característico que é denominado de espiral barrada. Entre as estrelas se encontra também muito gás e poeira, de fato ¾ da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira. Este é o material que restou de estrelas que já “se foram” e é também o material que novas estrelas utilização para se formar. Comentando de maneira breve: Estrelas são formadas principalmente por nuvens de gás, principalmente hidrogênio, que é o elemento mais simples existente e o primeiro a sofrer o processo de fusão nuclear no ciclo de reações que ocorrem durante o período de atividade de uma estrela. Toda essa poeira e gases existentes nas galáxias também emitem luz porque seus átomos estão sendo excitados de alguma forma pela radiação das estrelas vizinhas e quando seus respectivos elétrons retornam ao estado fundamental, estes emitem fótons. Repare estas regiões nebulosas observando, por exemplo, as partes de cores azuis e rosas nesta fotografia da galáxia M66:
M66 Observando em todas as direções é possível ver galáxias que podem estar tão perto como algumas centenas de milhares de anos luz até galáxias tão distantes que são necessários telescópios de grande porte para se fotografar e estudar. Devido a estas grandes distancias envolvidas no estudo e observação de galáxias, parece pouco provável observa-las à vista desarmada ou mesmo com pequenos telescópios ou binóculos.
Galáxia do Triangulo Felizmente isto não é verdade, a Via Láctea possui algumas galáxias satélites, isso mesmo, assim como a lua é um satélite natural da Terra, existem galáxias pequenas quando comparadas à Via Láctea que estão gravitacionalmente relacionadas “conosco”. Este fato intrigante nos permite observar dois objetos muito interessantes que são melhores observados de latitudes mais austrais devido à suas localizações no céu. Todas estas características peculiares são o motivo da descoberta relativamente tardia das nuvens de Magalhães. Como o nome já sugere, estes objetos que mais tarde foram estudados e percebidos como galáxias, foram descobertos pelo navegador Fernão de Magalhães em torno de 1519. Juntamente com as nuvens de Magalhães, a grande galáxia de Andrômeda também pode ser observada à vista desarmada. O que é possível observar a olho nu? Infelizmente todos os detalhes, contornos e cores como visíveis por estas fotos acima somente podem ser observados através de telescópios de grande abertura que são utilizados para realizar fotografias de exposição, realçando e evidenciando características que o olho nu não conseguirá distinguir. Por outro lado, observar o céu a olho nu é uma atividade simples e prazerosa. Quando uma observação sem instrumentos é feita com cuidado muitos objetos interessantes podem se revelar. E embora pareça difícil observar uma galáxia devido aos fatos de que estes corpos estão muito distantes e também que o brilho proveniente de uma galáxia não é concentrado como o brilho visível de uma estrela, ainda sim é possível observar estas três galáxias: A galáxia de Andrômeda, A Grande Nuvem de Magalhães e a Pequena Nuvem de Magalhães. Esta observação auxilia o conhecimento dos objetos celestes e fornece um maior contato com o que observamos, já que se torna bem mais fácil observar objetos quando possuímos uma noção de orientação, das constelações e assim em diante. É possível reconhecer que estes objetos, a primeira vista apenas manchas no céu, são de fato grupos de estrelas e, de uma maneira bem geral, vários outros objetos próximos serão melhores observados quando conseguimos identificar suas localizações como aglomerados estelares e nebulosas. A Pequena Nuvem de Magalhães
Pequena Nuvem de Magalhães e o Aglomerado de 47 Tucano Esta galáxia irregular está próxima à constelação do Tucano e está a menos de 200 mil anos luz da nossa galáxia. É uma galáxia satélite da nossa e possui diversos objetos nebulosos próximos como o famoso aglomerado globular de 47 Tucano. É importante lembrar que para observa-la é necessário um local com pouca poluição luminosa, além de ser mais facilmente observada quando a Lua não estiver no céu. A mancha tênue ligeiramente esbranquiçada não será confundida quando o observador se lembrar de sua localização:
Carta celeste indicando localizações das nuvens de Magalhães observando na direção E-SE e baseando-se em estrelas brilhantes
NGC 104 ou 47 tucanae é o segundo aglomerado globular mais brilhante de todo o céu A Grande Nuvem de Magalhães Assim como a Via Láctea e a pequena nuvem de Magalhães, a grande nuvem de Magalhães também pertence ao grupo local de galáxias e é do tipo irregular. Trata-se de um objeto que está próximo à constelação de Dorado e está a apenas cerca de 170 mil anos luz da Via Láctea. Estende-se por uma extensão consideravelmente maior que Pequena Nuvem de Magalhães e possui, similarmente, muitos objetos nebulares próximos muito interessantes como a nebulosa da tarântula.
A grande nuvem de Magalhães (LMC) e a nebulosa da tarântula, acima à esquerda Uma curiosidade sobre a grande nuvem de Magalhães é que sua órbita é praticamente circular ao redor da via Láctea. Observações e estudos foram realizados e este objeto é uma fonte de estudos para questões como a matéria escura (dark matter) na nossa própria galáxia
A Nebulosa da Tarântula A galáxia de Andrômeda O objeto mais distante que é possível de se observar à vista desarmada, é uma grande galáxia que junto com as duas anteriores também faz parte do grupo local. Galáxia do tipo espiral que possui um diâmetro de aproximadamente 250 mil anos luz, (mais do que o dobro do diâmetro da via Láctea!) e está distante cerca de 2.9 milhões de anos luz da nossa galáxia. Possui galáxias satélites e está localizada na constelação de Andrômeda, a princesa, um dos personagens da mitologia grega. Melhor observada do hemisfério norte, possui a seguinte localização:
Também conhecida como M31, objeto 31 do catálogo do astrônomo francês Charles Messier, Andrômeda possui uma aparência bem uniforme quando observada a olho nu. O mais desafiador dos objetos desta lista é também uma bela indicação de uma região do céu próxima a estrelas muito conhecidas, principalmente no hemisfério norte. Um local com pouquíssima iluminação deve ser buscado para observar a região mais central da galáxia. Se observado por binóculos ou pequenos telescópios, o formato oval é facilmente distinguível, já quando observado por telescópios de maior abertura, detalhes mais profundos são revelados.
Três fotos da Galáxia de Andrômeda Observar galáxias definitivamente não é uma tarefa fácil, contudo é muito interessante e divertido. Observadores que desejam ir além do sistema solar, têm um bom ponto de partida. Estas três galáxias podem ser o início de uma grande jornada através de objetos difusos mais complexos como nebulosas e galáxias mais distantes. Mesmo um observador despretensioso vai com certeza encontrar motivação para conhecer por si mesmo estes objetos.

Constelação do Sagitário

Essa região da constelação do Sagitário é riquíssima em aglomerados de estrelas e nebulosas. Algumas são visíveis até a olho nu, numa noite sem a interferência da Lua e fora da poluição luminosa. Porém, se o observador estiver munido de um simples telescópio ou binóculo, poderá contemplar várias nebulosas e aglomerados estelares dessa região. A contemplação da constelação do Sagitário poderá ser realizada durante todo esse mês. Cerca de 30 minutos após o pôr do Sol, basta olhar para o local mais alto do céu (chamado de zênite) e localizar essa bela constelação. Com o avançar das horas essa constelação irá "caminhar" de forma aparente para o horizonte oeste, até que por volta das 1h30min irá se pôr. Para esse mês a Lua poderá ser observada nessa constelação entre as noites 22 a 24 de setembro. A figura 17 ilustra o aspecto do céu para 19h30min em 22 de setembro tendo a Lua localizada na constelação do Sagitário com 51% do seu disco iluminado, ofuscando em partes os objetos celestes que estarão à sua volta. Sendo assim, prefira contemplar essa região do céu nas noites que a Lua não irá interferir na observação dos diversos aglomerados estelares
Figura 17. Constelação do Sagitário com seus principais objetos celestes, asterismo e concepação artística às 19h30min em 22 de setembro de 2012. Perceba que na figura 17 foram ilustrados os principais aglomerados estelares, as estrelas mais brilhantes, o asterismo do Sagitário e sua concepção artística. Na figura 18, que ilustra a mesma região do céu, foram representados apenas o asterismo da constelação e os nomes dos principais objetos celestes. Vale tentar desenhar no céu essa constelação.
Figura 18. Constelação do Sagitário com seus principais objetos celestes e asterismo às 19h30min em 22 de setembro de 2012. Por fim, a figura 19 ilustra o mesmo aspecto do céu para o mesmo horário, porém sem o asterismo da constelação do Sagitário e sem os nomes dos principais objetos celestes, ou seja, o céu da natureza. Compare a figura 19 com a figuras 17 e 18 para poder localizar os objetos celestes.
Figura 19. Constelação do Sagitário às 19h30min em 22 de setembro de 2012. Analise as figuras 17, 18 e 19 e aponte seu instrumento óptico para essa região. Você terá belas surpresas! Vale lembrar que essas figuras valem para todo o mês, porém sem a presença da Lua, exceto nos dias 22 a 24 de setembro. É interessante saber que o brilho do objeto celeste é importante para poder observá-lo. Para tanto, utilizamos um número que representa a magnitude do astro. Quanto maior esse número menor será seu brilho, numa razão inversamente proporcional. Assim, partindo da observação mais fácil para mais difícil, inserimos abaixo os nomes populares das nebulosas e aglomerados estelares, seguido da sua especificação pelo catálogo de Messier, indica pela letra M e, finalmente, sua magnitude. Aglomerado estelar - M25 - magnitude = 4.9 (Visível a olho nu) Aglomerado de Trifid - M20 - magnitude = 5.0 (Visível a olho nu) Nebulosa da Lagoa - M8 - magnitude = 5.0 (Visível a olho nu) Aglomerado estelar - M23 - magnitude = 6.0 Aglomerado estelar - M22 - magnitude = 6.5 Aglomerado estelar - M21 - magnitude = 7.0 Nebulosa de Ômega - M17 - magnitude = 7.0 Aglomerado estelar - M55 - magnitude = 7.0 Vale ressaltar ainda que os objetos que são sugeridos para serem observados a olho nu devem ser feitos fora das grandes cidades que possuem um alto índice de poluição luminosa, além de uma noite sem a interferência da Lua. Porém, esses objetos são possíveis de serem observados nas grandes cidades com auxílios de telescópios ou binóculos, onde o binóculo é a melhor opção. Os objetos que possuem magnitude próximos e até 6.0 de magnitude são possíveis de serem observados nas grandes cidades, porém muito difusos mesmo com auxílio de telescópio e binóculo. Ainda, esses objetos que possuem magnitude abaixo de 6.0 podem ser observados a olho nu mesmo em cidades com médio índice de poluição luminosa, porém com certa dificuldade. Somente mesmo o aglomerado estelar M7 da constelação do Escorpião (que se localiza próxima da constelação do Sagitário) que possui magnitude de 3.5 pode ser contemplado a olho nu com certa facilidade nas cidades onde a poluição luminosa é considerada média para baixo.